quarta-feira, 20 de abril de 2016

Resumo Movimentos sociais no Brasil - Período Republicano

Uma perspectiva ampla é necessária para abordar os movimentos sociais brasileiros, de vez que suas características são muito variáveis. Algumas rebeliões ficaram somente da fase conspiratória. Em alguns casos, foi mínimo, quase insignificante, o grau de participação das classes populares. Em outros, não houve razões de ordem política ou econômica para o movimento, que foi impulsionado somente por razões religiosas. Eis os principais movimentos sociais durante aRepública:
  • movimento contra o presidente Floriano Peixoto.
  • irrompeu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1893.
  • praticamente toda a marinha se tornou antiflorianista.
  • principal combate ocorreu na Ponta da Armação, em Niterói, a 9 de fevereiro de 1894. - governo conseguiu a vitória graças a uma nova esquadra, adquirida e aparelhada no exterior.
  • parte dos revoltosos se rendeu a 13 de março.
  • outros 400 revoltosos se refugiaram em dois barcos de guerra portugueses e rumaram para o Uruguai.
  • iniciada em fevereiro de 1893, no Rio Grande do Sul.
  • batalhas ocorreram em terra e mar, chegando até o Paraná.
  • remanescentes da Revolta da Armada, que haviam desembarcado no Uruguai, uniram-se aos maragatos (antiflorianistas), que lutavam contra os pica-paus (governistas).
  • ao final, os maragatos foram derrotados pelo exército governista.
  • avaliações políticas erradas, pobreza e religiosidade deram início à guerra contra os habitantes do arraial de Canudos, no interior da Bahia, onde viviam, em 1896, cerca de 20 mil pessoas sob o comando do beato Antonio Conselheiro.
  • mal-entendido sobre a venda de madeiras serviu como estopim.
  • de novembro de 1896 à derrota em outubro de 1897, o arraial resistiu às investidas das tropas federais (quatro expedições militares).
  • a guerra resultou em cerca de 25 mil mortos.
  • novembro de 1904, Rio de Janeiro.
  • milhares de habitantes tomaram as ruas em violentos conflitos com a polícia, revoltados pelo fato de terem de se submeter à vacinação.
  • forças governistas prenderam quase mil pessoas e deportaram para o Acre metade delas.
5) Revolta da Chibata (ou Revolta dos Marinheiros)
  • de 22 para 23 de novembro de 1910 os marinheiros se revoltaram, exigindo novas relações dentro da Armada (eliminação do castigo da chibata) e reconhecimento de pobres e negros como cidadãos livres e dotados de direitos.
  • apesar de anistiados pelo governo, a 9 de dezembro uma nova sublevação naval ocorreu, agora na ilha das Cobras.
  • governo decretou estado de sítio e reprimiu o levante.
  • 1914, em Juazeiro do Norte, interior do estado do Ceará.
  • sob a liderança do padre Cícero Romão Batista e acreditando cumprir uma ordem divina, os sertanejos pegaram em armas para derrubar do poder o novo interventor do estado.
  • o governo cedeu, devolvendo o poder ao grupo político que antes controlava o Ceará.
  • entre 1912 e 1916, na região dos estados do Paraná e Santa Catarina.
  • semelhante a Canudos, conflito envolveu messianismo, pobreza e insensibilidade política.
  • construção da estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul levou à região alguns dos elementos que provocaram a eclosão da guerra.
  • forças policiais e do exército alcançaram a vitória, deixando milhares de mortos.
  • levantes militares nas três primeiras décadas do século 20.
  • primeiro no Rio de Janeiro, em 1922, depois em São Paulo, em 1924.
  • tenentes se revoltaram contra o comando político das oligarquias, exigindo profundas reformas republicanas.
  • derrotados pelas forças oficiais, parte do grupo formou a Coluna Prestes, que percorreu o país até 1927.
  • tenentes também teriam grande participação na Revolução de 1930, movimento desencadeado por parcela da elite política brasileira, descontente com a constante troca de poder entre São Paulo e Minas Gerais. Em 1930, um golpe de Estado levou ao poder Getúlio Vargas.
  • dois anos depois da Revolução de 30, a 9 de julho de 1932, o Estado de São Paulo se rebelou contra a ditadura Vargas.
  • embora o movimento tenha nascido de reivindicações da elite paulista, teve ampla participação popular.
  • apesar da derrota - São Paulo lutou isolado contra as demais unidades da federação -, a resistência foi um marco nas lutas em favor da democracia no Brasil.
  • a 31 de março de 1964.
  • vitória foi alcançada em um só dia, depondo o presidente João Goulart.
  • movimento teve motivações políticas e militares, que lhe trouxeram apoio não somente das classes conservadoras, mas também de amplos setores das classes médias.
  • crescente influência política de lideranças sindicais esquerdistas levou poderosas forças sociais à organização do movimento, com grande participação feminina (as "marchas da família com Deus pela liberdade").
  • sublevação militar partiu de Minas Gerais. No dia 1º de abril, Goulart abandonou o poder, ordenou a cessação de toda e qualquer resistência e partiu para o exílio no Uruguai.

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