quarta-feira, 20 de abril de 2016

Resumo Anatomia Interna dos dentes

I – ANATOMIA INTERNA DOS DENTES  1.1 Introdução  A técnica endodôntica é repleta de detalhes e princípios fundamentais que deverão ser obedecidos,  objetivando o aumento da porcentagem de sucesso após essa terapia. Para isso, o conhecimento preciso da  morfologia da câmara pulpar e dos canais radiculares é considerado como princípio fundamental. Isso abrange  o aspecto normal da cavidade pulpar como também as possíveis variações resultantes da idade, de cáries,  abrasão, erosão, doença periodontal, etc.   Portanto, pode-se dizer que o cirurgião-dentista deverá ter em mente aquilo que clinicamente não poderá  enxergar. Ao executar a instrumentação endodôntica deverá adquirir uma sensibilidade para encontrar as  variações anatômicas endodônticas baseado naquilo que estudou anteriormente.   1.2 Definições e considerações gerais  1.2.1 Cavidade pulpar:  Espaço localizado no interior do dente, ocupado pela polpa dental. É limitado pela dentina, exceto ao nível do  forame ou forames apicais. É dividida em:   o Câmara pulpar (porção coronária);  o Canal radicular (porção radicular);   1.2.1.1 Câmara pulpar  Porção da cavidade pulpar que aloja a polpa coronária. Apresenta as seguintes partes:   o Parede incisal/oclusal ou teto (T): porção de dentina que limita a câmara pulpar em direção  oclusal ou incisal. Apresenta saliências e depressões que correspondem aos cornos pulpares (C).   o Parede serviçal ou assoalho (A):  � E a parede oposta e mais ou menos paralela à parede oclusal. Em um corte transversal   apresenta uma superfície convexa, lisa e polida na parte média, apresentando em seus  ângulos, depressões de forma afunilada que correspondem às entradas dos canais  radiculares.   � Essa zona convexa do assoalho da câmara pulpar onde se iniciam as linhas demarcatórias  que interligam as entradas dos canais radiculares é denominada “Rostrum Canalium”;   � Nos dentes anteriores, geralmente,e não existe um limite preciso entre a câmara pulpar e o  canal radicular.   o Parede mesial, distal, vestibular e lingual (P – paredes).                                               

  1.2.1.2 Canal Radicular 
  Espaço ocupado pela polpa radicular que geralmente apresenta a forma externa da raiz, todavia não apresenta  a mesma regularidade em razão da dentina secundária ou reacional. Inicia-se ao nível do assoalho da câmara  pulpar e termina no forame apical. Pode ser dividido em:   • Didaticamente:  o Terço cervical;  o Terço médio;  o Terço apical;   • Biologicamente:  o Canal dentinário: campo de ação do endodontista, pois aloja a   polpa radicular;  o Canal cementário: aloja o “coto pulpar”1, o qual não deve ser   manipulado pelo profissional, e sim respeitado.  o Limite CDC: cemento dentina canal   � Local onde ocorrerá a obturação e restauração do canal;  o Sequência anatômica:   � 1) Canal dentinario: abriga polpa  � 2) Limite CDC   • Onde fica a constrição ou forame menor;  � 3) Canal cementário: tecido periodontal, coto pulpar;   • Onde se abre o forame maior;    O canal radicular principal pode também  apresentar múltiplas ramificações, recebendo  denominações diversas de acordo com suas  disposições.   • Lateral: ramificação que corre do canal  principal ao periodonto, geralmente acima  do terço apical;   • Secundário: ramificação que, se deriva do  canal principal ao nível do terço apical e  alcança diretamente a região periapical;    • Acessório: ramificação derivada do canal secundário que termina na superfície do cemento;  • Colateral: canal que corre mais ou menos paralelo ao principal, podendo alcançar a região periapical de   maneira independente;  • Delta apical: são múltiplas terminações do canal radicular principal, determinando o aparecimento de   diversos foraminas em substituição ao forame único;            

1 Também coto-endoperiosteal: tecido conjuntivo maduro que preenche o canal cementário; Pertence ao ligamento   periodontal, isento de dentinoblastos, rico em fibras e células (cementoblastos);                   


    • Cavo inter-radicular: ramificação observada ao nível do assoalho da câmara pulpar atingindo a região  de furca;                                

1.2.1.3 Demais estruturas  • Membrana periodontal: tecido conjuntivo denso que tem por finalidade unir e manter trocas   metabólicas entre o cemento e a parede alveolar. Possui tecidos moles como fibras colágenas e  estruturas vasculares distribuídas em uma substancia gelatinosa – amortecedor hidrostático;   • Parede alveolar (lâmina dura): fina camada de osso que limita externamente a membrana  periodontal. Contínua, mais densa e radiograficamente mais radiopaca.   • Osso alveolar: composta por osso compacto e esponjoso (componente de sustentação alveolar dos  dentes);   • Osso esponjoso: sofre rápida e facilmente a consequência dos processos inflamatórios da região  periapical (reabsorções);   “O tratamento endodontico não é apenas um problema técnico, mas sim e principalmente, biológico”.   REFERÊNCIAS:  http://www.endo-e.com/images/Anato_Interna/anato_interna_1.htm   

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